quinta-feira, 6 de maio de 2010

NO ESTÚDIO: AVIÃO PAULISTINHA



Avião Paulistinha no cenário do programa Entre Nuvens e Estrelas, no estúdio da emissora
A foto mostra um Avião Paulistinha, mas a narrativa dá a entender que o avião efetivamente usado "como helicóptero" teria sido um T-6, também monomor de dois lugares. Gostaríamos, no entanto,  de esclarecer a real participação do Avião Paulistinha nessa história de criatividade e ousadia dos colaboradores da TV Paranaense,  E o Avião Paulistinha não era só de" posar para fotos"...

Assim, transcrevemos a bonita hisória na íntegra, aberta a comentários e informações:

Quando do lançamento do programa Entre Nuvens, que tratava de assuntos relacionados com aviação, precisavam ser feitas tomadas aéreas, com a carlinga do avião aberta, most5rando principalmente evoluções acrobáticas. O cinegrafista da emissora não0 concordou em fazer aquele tipo de filmagem. Pois eu me prontifiquei ser o cinegrafista. Assim, embarquei num avião T-6, pilotado pelo capitão Rosa Filho, fazendo todos os tipos de acrobacias que o avião permitia.
Era um aparelho que fora usado na última guerra e depois passou a compor o grupo de exibição da Esquadrilha da fumaça. E eu acabei sendo o responsável pelas primeiras imagens de acrobacia aérea filmadas para a televisão e exibidos no Paraná.
A primeira e única empresa paranaense de filmes para a televisão, por muito tempo, foi a Taty Produções, do iuguslavo Dimitry Konzemjakin. Foi, também, a escola de muitos profissionais de propaganda, inspirando o surgimento de outras produtoras do ramo. Antes, Dimitry fora o cinegrafista (e responsável técnico) da segunda produtora de cine-jornais de Curitiba, a Fama Filmes.
Maurício Fruet, que além de radialista foi um político muito popular no Paraná, com vários mandatos como deputado federal, tendo sido também prefeito de Curitiba, era um tremendo gozador, tendo sempre na ponta da língua uma de suas “potocas”, que armava com maior cara de pau. No final da tarde, ele apresentava um programa de esportes, com um bom destaque para a segunda divisão.
Certo dia, chegou em cima da hora e não teve tempo de preparar o programa. Mas não se deu por vencido. Sentou diante das câmeras e, durante quinze minutos, contou tudo sobre um jogo que não existira. Para tanto, usou os nossos nomes (dos companheiros de televisão) na escalação do imaginário time, descrevendo, inclusive, em detalhes, algumas contusões e até uma expulsão que nunca aconteceram. Valeu a pena
Ao concluir esta narrativa quero reafirmar que a proposta deste modesto trabalho foi, tão somente, deixar registrado, com fidelidade e simplicidade, tudo o que vi naquela época, como testemunha ocular e participante de uma laboriosa e brilhante história, a história do pioneirismo da televisão no Paraná. E se tem como personagem principal a TV Paranaense, Canal 12, isso se deve não apenas ao fato de ter sido ela a grande pioneira, mas porque foi nela que eu iniciei a minha atividade, como aprendiz autodidata, mas com toda a dedicação, muita vontade de aprender e absoluto amor pelo que fazia, promovendo a formação d primeira equipe, incentivando a abertura de oportunidades e desenvolvendo novos talentos.
Toda essa vivência também me propiciou a descoberta de novos caminhos, o entendimento de um novo mercado, o respeito humano, o reconhecimento de valores e o crescimento pessoal com humildade, culminando com uma gratíssima realização profissional.
Foi uma aventura que deu certo e valeu a pena viver.
Renato L. Mazânek é o 13º dos quinze filhos de uma família de origem polonesa. Nasceu em Rio Negro (PR), mas adotou Curitiba para plantar as suas raízes. Desde os bancos escolares demonstrou grande interesse pelas artes, o que acabaria por despertar-lhe a atração pelo rádio, veículo no qual definiria sua profissão.
Aos 16 anos de idade, foi um dos fundadores da Rádio Ouro Verde, de Curitiba. Depois passou pela Colombo e dirigiu as rádios Curitibana, Emissora Paranaense, Guairacá, Clube Paranaense e Iguaçu. Foi operador de som, sonoplasta, locutor, radioator e humorista.
Em 1977, foi premiado no Bienal Internacional de São Paulo, como co-autor do projeto Bóias-Frias.  Um dos fundadores da TV Paranaense, Canal12, de Curitiba, também foi diretor comercial da TV Iguaçu, Canal 4.
Como publicitário, dirige há 27 anos a sua agência Teorema, sem jamais ter afastado o interesse pelo rádio e pela televisão.
Um dos grandes méritos deste livro é a sua realidade indiscutível, escrita a uma só mão, testemunhando historicamente, com H maiúsculo o realmente vivido pelo autor, antes, durante e depois do grandioso e emocionante nascimento da TV Paranaense, Canal 12, do pioneiro Nagibe Chede. Os episódios aqui narrados, alguns muito singulares, desde a idéia inicial até a criação do primeiro sinal televisivo no Paraná, hoje fazem parte de nossa história, e os pioneiros neles envolvidos, muitos ainda vivos, figuram como testemunhas oculares deste precioso documento.
Boa parte da aventura narrada por Renato Mazânek é inédita, até para quem, como eu, foi o criador e editor da revista especializada TV Programas, que nasceu com a televisão do Paraná e reportou, durante mais de uma década, o dia-a-dia da TV Paranaense, do amadorismo inicial ao profissionalismo adulto, hoje representado pela sucessora Rede Paranaense de Televisão, sob o comando do jornalista Francisco Cunha Pereira Filho. O Canal 12 é o mesmo. Mas as histórias são diferentes. ( Luiz Renato Ribas Silva, na “orelha” do livro lançado pela Giatur Editora em novembro de 2004).
Nagibe Chede foi o grande pioneiro da televisão do Paraná. Tinha um sonho e conseguiu realizá-lo, com mo apoio, a criatividade e muito trabalho de uma valorosa equipe de colaboradores. Na foto, uma das últimas tiradas antes do seu falecimento, em 2003, Dr. Nagibe exibe a primeira câmera RCA TV EYE, com a qual foram realizadas as primeiras demonstrações de televisão em Curitiba e que foi utilizada durante toda a fase experimental..



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